Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional

Temporada de concertos 2018

Descrição Curta:
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro apresenta nesta terça (3) o Concerto para Viola e Orquestra do compositor húngaro Béla Bartók. Bartok é considerado o compositor mais importante da Hungria e o principal representante da modernidade clássica.

Inscrições:Entrada Gratuita

Classificação Etária: Livre

Site: https://www.facebook.com/CineBrasilia1960

Mais Informações: (61) 3244-1660

Cine Brasília

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Orquestra Sinfônica apresenta o Concerto para Viola e Orquestra do compositor húngaro Béla Bartók. Dia 3 de abril às 20:00

Preço: Entrada gratuita

Endereço: EQS 106/107, s/n , Asa Sul, 70345-400, Plano Piloto, DF

Descrição

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional - Temporada de concertos 2018

Orquestra Sinfônica apresenta o Concerto para Viola e Orquestra do compositor húngaro Béla Bartók

(Brasília, 01/04/2018) – A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro apresenta nesta terça (3) o Concerto para Viola e Orquestra do compositor húngaro Béla Bartók.

A regência é do maestro titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, Claudio Cohen.

O concerto terá como solista o músico da Orquestra, Zoltan Paulinyi (violino). Zoltan é doutor em música pela Universidade de Évora em Portugal 2013, violinista da OSTNCS desde 2000. Fundador e diretor da Escola de Música Paulinyi e do Schola Cantorum de Brasília para crianças e jovens de todas as idades (Asa Norte), Paulinyi é vencedor de prêmios no Brasil e na Europa, além de ter criado prêmios para estimular internacionalmente jovens talentos artísticos. Paulinyi apresenta sua própria revisão do concerto de Bartók em versão para viola pomposa, aproximando a reconstrução de Tibor Serly ao manuscrito de Bartók.

SOBRE BÉLA BARTÓK:

Bartok é considerado o compositor mais importante da Hungria e o principal representante da modernidade clássica. Sobressaiu-se tanto por seu brilhantismo no piano e por sua atividade como professor desse instrumento na Academia de Música de Budapeste como por sua faceta de compositor (compôs, entre outras obras, 153 estudos para piano). As suas primeiras obras seguem, na composição, a tradição do século 19 – por exemplo, o poema sinfônico Kossuth (1903) –, embora fossem evoluindo rumo ao impressionismo, sob a influência de Claude Debussy – como no seu Primeiro Quarteto de Cordas –, até se inspirar na música popular do sudeste da Europa. A partir de 1905, Bartok realizou uma série de viagens na companhia de Zoltan Kodaly, durante as quais investigou e recolheu milhares de canções zíngaras (ciganas) da Romênia, da Sérvia, da Bulgária, da Croácia, da Ucrânia, da Eslováquia e da Turquia, chegando inclusive ao norte da África, embora centrando-se sempre em sua relação com a Hungria. Por exemplo, na Suíte de Dança (1923) ou no Segundo Concerto para Piano (1931), são resgatadas melodias húngaras e, sobretudo, canções rítmicas.

SOBRE A OBRA:

Concerto para Viola e Orquestra (Béla Bartók)

O Concerto para orquestra é uma obra de síntese e de superação. Nele, temas e procedimentos composicionais inspirados em tradições populares e na música erudita convivem, de forma orgânica, em um tecido composicional exuberante. A obra, por sua riqueza de atmosferas, de contrastes e, particularmente, por sua força e vitalidade, não deixa entrever as provações e os sofrimentos pelos quais passava o compositor. Exilado nos Estados Unidos em virtude da ascensão do nazismo na Hungria, Bartók enfrentava dificuldades materiais, sentia falta da terra natal e, já nessa ocasião, sofria da doença que viria a vitimá-lo. Apesar disso, o Concerto dá mostras de transcendência diante das adversidades.

O título – Concerto para orquestra – pode levar à inferência de que se trata de obra virtuosística, no sentido atribuído aos concertos com solistas, que fizeram história a partir do início do século XVIII. Aqui, muito embora o virtuosismo individual apareça em passagens breves, Bartók faz lembrar sobretudo o concerto grosso, em que um grupo de solistas – o concertino – se destaca do ripieno, a massa orquestral. Tal procedimento se faz notar, por exemplo, na seção central – o desenvolvimento da forma sonata –, no fugato entregue ao naipe dos metais, do movimento de abertura. No entanto, mais que a questão puramente virtuosística, o Concerto apresenta, sobretudo, um jogo de timbres, como ocorre no segundo movimento, no tratamento solista por grupos instrumentais. Esse Giuoco delle coppie – jogo dos pares – expõe, sucessivamente, após uma curta abertura entregue à percussão, cinco grupos instrumentais que se encarregam, na primeira seção, de materiais composicionais em caráter de scherzo, dançante, nitidamente de inspiração folclórica. Além das diferenças tímbricas, cada grupo – ou par, de instrumentos iguais: fagotes, oboés, clarinetes, flautas e trompetes – mantém intervalos harmônicos paralelos específicos. Na seção central, os metais se encarregam de um coral, solene, que contrasta com a seção anterior, mas na qual a caixa-clara faz lembrar, em breves interpolações, a pulsação dançante inicial. Na seção conclusiva, voltam os pares, agora em diversas combinações entre si. Em todo o movimento, vale ressaltar o papel do naipe das cordas que, apesar de pontuar ou secundar as intervenções dos sopros, sem um material verdadeiramente temático, intervém, juntamente com as harpas, com um tratamento instrumental rico e refinado.

Na seção inicial da Elegia, Bartók recupera algo da ambiência que abre o concerto, evocando o material composicional da introdução, através das melodias das cordas, em que predominam intervalos de quartas, material que prepara nova atmosfera de música noturna, com um solo de oboé envolto pela escritura requintada de cordas e de harpas, e pelos arabescos de flauta e clarinete. A textura de harmonias densas e cromáticas que se segue, explorando a escritura antifonal entre madeiras e cordas, leva a um solo de flautim, ao qual respondem oboé, corne inglês e trompa. A delicadeza desse momento, espécie de prelúdio, evidencia o contraste da seção central, dramática, na qual, logo de início, os violinos, em oitavas, encarregam-se do material melódico que se opõe ao restante da orquestra. Esta seção evolui, através de texturas densas e complexas, antes que se restabeleça o clima noturno, à maneira de um poslúdio. É, no entanto, no breve quarto movimento – Intermezzo Interrotto – que ocorre a mais brusca mudança de atmosfera do Concerto. Após uma cantilena nos sopros e uma melodia de intenso lirismo confiada às cordas – inicialmente às violas – irrompe uma citação da Sinfonia Leningrado, de Shostakovich. O contexto em que ocorre a citação, ricamente trabalhada pela orquestra, mas com tons intencionais de ironia e de vulgaridade, torna manifesta uma provável intenção de Bartók em ridicularizar a selvageria nazista. Ao final do movimento, a retomada do lirismo põe fim ao “indesejável” e restabelece o clima inicial. No movimento conclusivo, três seções, de texturas variadas – a segunda, inclusive, um novo fugato – apenas tornam ainda mais manifesta a fonte de força e de vida que brota de um movimento incessante, um perpetuum mobile que domina o cenário com sua energia rítmica. Aqui, o Concerto para orquestra toma seu significado mais imediato. O virtuosismo, cuidadosamente construído ao longo da obra, agora é para todos e está a serviço de uma orquestração rutilante.

SERVIÇO:

Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

Temporada 2018

CONCERTO PARA VIOLA E ORQUESTRA – Béla Bartók

3 de abril, terça-feira

Cine Brasília (106/107 sul)

20h

Entrada gratuita por ordem de chegada